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<title>Filipe Medeiros</title>
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<description>Blog pessoal do Filipe. Escreve sobre tópicos diversos, maioritariamente de tecnologia, política, economia e atualidade.</description>
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<title>Filipe Medeiros</title>
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<copyright>Todos os direitos reservados 2022</copyright>
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<title><![CDATA[Clima: quem anda a cegar - e a usar - jornalistas?]]></title>
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<pubDate>Wed, 16 Nov 2022 00:00:00 GMT</pubDate>
<description><![CDATA[Artigo de resposta/crítica a artigo de Luís Ribeiro na Visão Verde, reagindo aos comportamentos de ativistas ambientais.]]></description>
<content:encoded><![CDATA[<p class="mb-6 text-justify">Depois de ler um artigo de Luís Ribeiro na Visão Verde, não pude deixar de escrever a minha opinião num formato mais longo e estruturado. Vou analisar todo o artigo, desmontar os argumentos e tentar fazê-lo perceber porque é que está tão desligado da realidade (e, mais especificamente, das pessoas que estiveram presentes nos protestos).</p><h2 id="fc4db82d-f2fc-4b5f-a852-bd354733efd7" class="font-display mb-6 text-4xl before:-mt-40 before:block before:h-40">O medo</h2><p class="mb-6 text-justify">Claro que ninguém acha que o estamos a 2 semanas do colapso da civilização, como sugere Luís Ribeiro. Ninguém (ou pelo menos será uma minoria) acredita que em 2024 vamos estar no Waterworld (o filme pós-apocalíptico em que o mundo está inundado). O que eu acredito que muita gente que esteve nos protestos pensa é, simplesmente, que há algo de <b><i><span class="italic font-bold">profundamente</span></i></b> errado com: 1) o sistema atual da economia mundial, 2) o comportamento das elites (financeiras e políticas) do mundo. E é muito fácil de observar: as emissões teimam em não descer.</p><figure class="mb-6"><img alt="Fonte: https://ourworldindata.org/co2-emissions. Reparem que dei “de barato” e só fui buscar emissões desde 2005 (por causa do Acordo de Paris), mas é bem pior para trás…" class="h-auto w-full rounded object-cover mb-2" src="https://filipesm.eu/api/notion-asset/block/9ab8d370-0c36-4e24-b649-1496783fa7a9?lastEditedTime=2022-12-19T15:08:00.000Z"/><figcaption class="text-sm font-light">Fonte: <a href="https://ourworldindata.org/co2-emissions" class="underline transition-colors hover:text-teal-500">https://ourworldindata.org/co2-emissions</a>. Reparem que dei “de barato” e só fui buscar emissões desde 2005 (por causa do Acordo de Paris), mas é bem pior para trás…</figcaption></figure><p class="mb-6 text-justify">Porque será? Há uma magia qualquer que foi conjurada na planeta Terra que emite CO2? É improvável.</p><p class="mb-6 text-justify">Luís escreve que “os jovens estão assustados. <b><span class="font-bold">Acreditam que o colapso da civilização está ao virar da esquina. </span></b>Não foram os cientistas que os convenceram disso”. Não sei que cientistas Luís ouve e lê, mas variados cientistas <a href="https://www.aljazeera.com/news/2021/7/28/thousands-of-scientists-declare-worldwide-climate-emergency" class="underline transition-colors hover:text-teal-500">avisam</a> <a href="https://news.yahoo.com/five-dangerous-climate-tipping-points-are-approaching-scientists-warn-124035026.html" class="underline transition-colors hover:text-teal-500">todos os dias</a> <a href="https://news.un.org/en/story/2022/04/1115452" class="underline transition-colors hover:text-teal-500">que é</a> <b><a href="https://news.un.org/en/story/2022/04/1115452" class="underline transition-colors hover:text-teal-500 font-bold">urgente</a></b><b><span class="font-bold"> </span></b>(<a href="https://www.theguardian.com/environment/2010/nov/29/climate-change-scientists-4c-temperature" class="underline transition-colors hover:text-teal-500">há já vários anos</a>). Por isso, sim: <b><span class="font-bold">são os cientistas que nos metem medo, e bem.</span></b> Porque se toda a gente for enfiar a cabeça na areia, não saímos de onde estamos.</p><p class="mb-6 text-justify">Gosto muito desta imagem:</p><figure class="mb-6"><img alt="Fonte: https://twitter.com/ClimateHuman/status/1592028682633478144" class="h-auto w-full rounded object-cover mb-2" src="https://filipesm.eu/api/notion-asset/block/a1b6daf3-ec77-4bed-9b24-263c82b36f24?lastEditedTime=2022-12-12T22:00:00.000Z"/><figcaption class="text-sm font-light">Fonte: <a href="https://twitter.com/ClimateHuman/status/1592028682633478144" class="underline transition-colors hover:text-teal-500">https://twitter.com/ClimateHuman/status/1592028682633478144</a></figcaption></figure><p class="mb-6 text-justify">O problema aqui é a interpretação do conceito de “fim da huma
P.S. — Sempre que me referi a si, Luís, pessoalmente, não foi com o intuito de ofender. Usei de vez em quando discurso mais sarcástico, como ferramenta, mas espero que leia o conteúdo do texto da forma mais positiva possível. Estou só a tentar defender as minhas causas :)</p>]]></content:encoded>
<category>Política</category>
<category>Ambiente</category>
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<title><![CDATA[Voto digital e como democratizar a democracia]]></title>
<link>https://filipesm.eu/blog/voto-digital-e-como-democratizar-a-democracia</link>
<guid>https://filipesm.eu/blog/voto-digital-e-como-democratizar-a-democracia</guid>
<pubDate>Sun, 17 Apr 2022 00:00:00 GMT</pubDate>
<description><![CDATA[Como podemos usar o voto digital para tornar a democracia mais eficaz, eficiente e acessível?]]></description>
<content:encoded><![CDATA[<p class="mb-6 text-justify">Como sociedade, temos de parar de nos sujeitar a soluções subótimas para os problemas, e um dos problemas que, desde há muito tempo, tem uma solução subótima é a democracia. Não uso a palavra “problema” num mau sentido, como algo que tem de desaparecer ou ser abolido, mas sim “problema” no sentido lógico: a democracia é um conceito abstrato - com algumas variantes -, que tem de ser implementado no mundo real, onde existem preocupações logísticas. Implementar a democracia da forma mais justa para todos é o nosso problema. Vamos então encontrar a melhor solução.</p><h2 id="f3505364-d9d9-4a28-aa8c-3b10b0c12d17" class="font-display mb-6 text-4xl before:-mt-40 before:block before:h-40">Democracia</h2><p class="mb-6 text-justify">Comecemos por definir democracia, e usemos como base esta definição para o resto da discussão. Democracia é o sistema político em que todos os cidadãos participam na proposta, desenvolvimento e criação de leis, exercendo o seu poder através do sufrágio universal e outras formas de participação política.</p><h3 id="c7932569-c95e-4d12-be9d-0672eed34c51" class="font-display mb-5 text-2xl before:-mt-40 before:block before:h-40">Sufrágio</h3><p class="mb-6 text-justify">Na definição anterior, há uma parte final importantíssima. O sufrágio universal. Tecnicamente, a democracia só é implementada corretamente quando todos os eleitores conseguem <i><span class="italic">na prática</span></i> participar no processo de voto de forma igual.</p><h4 id="8e7ae7ae-a828-4f8a-94db-661d89c15d5c" class="font-display mb-5 text-xl before:-mt-40 before:block before:h-40">Eleitores ignorados</h4><p class="mb-6 text-justify">Assim, podemos analisar parte do sistema democrático muito objetivamente, através da taxa de <i><span class="italic">eleitores ignorados</span></i>. Passo a explicar: um eleitor ignorado é um eleitor cujo voto foi de alguma forma não incluído na contagem, quando, <i><span class="italic">do ponto de vista do próprio eleitor</span></i>, havia clara intenção de voto. Por exemplo, se eu tinha a intenção de votar no partido A, mas fiquei doente no dia da votação e não consegui votar, sou um eleitor ignorado; se sou emigrante e enviei o meu voto, mas esqueci-me de enviar a cópia do CC, e por isso o meu voto foi dado como nulo, sou um eleitor ignorado; se não me interesso por política e não sabia em quem votar, e, por isso, não votei no dia das eleições, não sou um eleitor ignorado, simplesmente abstive-me.</p><p class="mb-6 text-justify">Duas das métricas que devemos utilizar para medir a qualidade da nossa implementação do sistema democrático são a taxa de abstenção e a taxa de eleitores ignorados, que obviamente devem tender para 0 (e que se sobrepõem de alguma forma). Não olhar para estas duas métricas (e zelar pela sua diminuição) significa sacrificar democracia.</p><h2 id="14320d81-506d-4ec6-a028-725492dfbf03" class="font-display mb-6 text-4xl before:-mt-40 before:block before:h-40">O sistema atual</h2><p class="mb-6 text-justify">Atualmente, o sistema eleitoral português é relativamente simples, com 3 ciclos eleitorais (sem contar com o europeu). Nessas eleições escolhemos representantes, com diferentes tipos de poder, mas todas elas utilizam basicamente o mesmo sistema: existe, por defeito, um voto presencial em papel, num certo dia, no qual todas os eleitores podem participar. Há também exceções: o voto antecipado e o voto por correspondência para os círculos eleitorais internacionais.</p><h3 id="b3861185-a5a6-4428-88d6-2f50c5d632f5" class="font-display mb-5 text-2xl before:-mt-40 before:block before:h-40">Onde pode ser melhorado</h3><p class="mb-6 text-justify">O problema do sistema atual é que ignora por completo as suas próprias falhas, escondendo-se por detrás de uma <i><span class="italic">sensação</span></i> de segurança dos eleitores.</p><p class="mb-6 text-justify">Apenas uma percentagem incrivelmente pequena dos votantes verifica o s
<category>Política</category>
<category>Tecnologia</category>
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